Um casal muçulmano foi acusado de matar a própria filha com ácido numa vila no interior do Paquistão. Segundo depoimento prestado pelos pais da jovem de 15 anos, a medida tomada se deu para evitar a desonra da família, após a garota ter olhado por duas vezes para um rapaz que havia passado de moto em frente a sua casa.
A garota, chamada Anusha, teve 60% do corpo queimado e antes de ser socorrida, disse à sua mãe que não havia nenhum interesse ao olhar: “Ela disse que não tinha feito de propósito, e que não olharia de novo. Mas aí eu já tinha jogado o ácido. Era o destino dela morrer dessa maneira”, afirmou Zaheen, a mãe.
O pai também foi acusado participar do homicídio, pois segundo a polícia, ele teria espancado a jovem e a mantido presa sem cuidados médicos: “Ela (Anusha) virou-se para olhar para ele duas vezes. Eu disse a ela para que não fizesse isso, porque era errado. As pessoas falam de nós porque nossa filha mais velha era assim também”, relatou Muhamad Zafar, pai da garota.
Segundo a BBC, a Comissão de Direitos Humanos do Paquistão identificou 943 casos de agressão a mulheres por desonra durante o ano de 2011. O aumento das ocorrências em relação a 2010 foi superior a cem casos.
A polícia do distrito de Kotli, na região da Caxemira Paquistanesa (território disputado pelo país com a Índia), afirmou que casos como esse são raros da região. Assista a reportagem completa da BBC neste link.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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