Às vésperas do conclave que definirá o novo pontífice da Igreja
Católica, o Vaticano tenta reduzir as especulações em torno do assunto.
Diferentes veículos de notícia afirmaram que uma disputa interna entre
cardeais poderia levar a uma indefinição, o que resultaria numa demora
excessiva.
Durante o conclave, que se inicia amanhã, 12 de março, são realizadas
votações em que os cardeais antes de depositarem seus votos nas urnas,
debatem com seus pares as escolhas, e em caso de indefinição, voltam a
se reunir no dia seguinte, para uma nova rodada de votação. Para que um
papa seja eleito, é necessário que ele obtenha dois terços dos votos.
Os preparativos na Capela Sistina para que a cerimônia comece já
foram finalizados, incluindo a instalação da chaminé (foto) que emitirá
fumaça preta, em caso de indefinição, e fumaça branca, caso o novo papa
tenha sido escolhido.
Formado por 115 cardeais, o conclave pode não levar muitos dias para
um resultado final. “Eu acho que é um processo que pode ser realizado em
poucos dias, sem muita dificuldade”, disse o porta-voz do Vaticano,
padre Federico Lombardi, lembrando que no século passado, nenhum
conclave levou mais do que cinco dias. “O processo de identificação dos
candidatos que podem receber o consenso e sobre quem os cardeais podem
convergir pode se mover com notável velocidade”, acrescentou, segundo
informações do Angop.
Entre os favoritos, de acordo com a imprensa internacional, está o
brasileiro dom Odilo Scherer, cardeal de São Paulo e de visão
conservadora a respeito da Igreja Católica e suas liturgias.
No Brasil, Scherer é conhecido por ser um dos mais ativos integrantes
da Igreja Católica e que trabalha contra o crescimento evangélico,
buscando formas de manter os católicos no seio da denominação romana.
A possibilidade de um papa brasileiro é bem vista por fiéis de
diversas nacionalidades, além é claro dos católicos do Brasil. Essa é a
conclusão da rede de TV britânica BBC, que entrevistou pessoas que visitavam a cidade de Roma.
“O grande número de católicos na América Latina – só no Brasil seriam
quase três vezes o número de católicos que existem na Itália, segundo
dados do instituto americano Pew Research Center – já justificaria a
escolha de um papa da região, pelo menos na opinião de fiéis e
turistas”, diz o texto publicado no site da emissora.
A católica Tracy, norte-americana, entende que “um papa
latino-americano teria o aval dessa vasta comunidade (América Latina)
para fazer mudanças na igreja. Está na hora de achar um papa de um país
diferente, sair do padrão, seria bom que a Igreja se abrisse para alguém
da América do Sul”, pontuou.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
http://noticias.gospelmais.com.br/conclave-novo-papa-iniciara-brasileiro-favoritos-50950.html
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